Pequenos Provedores & Grandes Desafios [Youth Brasil 2025]

Hoje, trago um tema que me é muito caro: Internet nas zonas rurais. 

A TIC Educação 2023 mostra que o acesso à Internet em escolas rurais cresceu de 52% para 81%. Um avanço significativo, sem dúvida, mas que nos convida a olhar para o que ainda precisa ser feito. Enquanto as áreas urbanas têm uma miríade de opções de conexão de alta velocidade e provedores brigando por mercado, as zonas rurais ainda convivem com limitações severas: infraestrutura limitada, altos custos e pouca atratividade econômica para os pequenos provedores.
Segundo a TIC Domicílios 2024, a conexão via satélite é a segunda mais usada no campo. Nesse cenário, a Starlink lidera com mais de 47% dos acessos, conforme a Anatel. Mauricélio Júnior, da Abrint, em entrevista recente ao R7, fez uma observação que eu considero paradoxal. Ele explicou que as políticas públicas de inclusão digital ainda favorecem as grandes operadoras, mesmo que boa parte da conectividade no Brasil tenha sido resultado do trabalho de pequenos provedores (cerca de 20 mil no país). Para mim, isso quase soa como uma lição não aprendida: são os pequenos que têm coragem de chegar onde as grandes não vão, mas, mesmo assim, continuam fora do radar de incentivos governamentais.

E aí, pensando nisso tudo, trago algumas provocações:
1) Como incentivar os pequenos provedores sem que arquem sozinhos com os riscos?
2) Será que, ao priorizar os grandes, as políticas públicas não reforçam as desigualdades que buscam combater?

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