Os princípios na prática [Youth Brasil 2025]
Estudando os documentos da CMSI, IGF, NETmundial e NETmundial+10, percebi que diversidade na governança da Internet vai além do discurso: mais do que um princípio bonito, a diversidade significa quem está na mesa, quem tem voz, quem decide e quem fica de fora. Os fóruns globais defendem a diversidade cultural e linguística, a participação multissetorial, os direitos digitais como inclusão e a responsabilidade governamental em garantir processos realmente plurais. Mas isso acontece na prática?
A TIC Domicílios mostra que o acesso à Internet cresceu, mas desigualdades persistem entre centro e periferia, urbano e rural, brancos e negros. Se o acesso já é um problema, produção de conteúdo e ocupação dos espaços de decisão são ainda mais restritos. Quem realmente participa da governança da Internet?
O CGI.br, com seu modelo multissetorial, foi crucial para o Marco Civil e o NETmundial, mas será que esse modelo reflete a diversidade do Brasil? No 5º FIB, de 2015, o painel Diversidade trouxe provocações que continuam atuais e recomendo assistirem.
Diante disso, pergunto: a diversidade na governança da Internet é real ou apenas simbólica? O que falta para tornar os espaços de decisão verdadeiramente inclusivos? Quem participa dos programas de formação, como o Youth, e quem continua de fora?
Para além do debate, vocês conhecem iniciativas que ampliam a diversidade on-line?
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